O mercado brasileiro de soja encerrou o mês de julho com ritmo lento e baixa liquidez. A prioridade dos produtores se voltou à colheita da segunda safra de milho, deixando a soja momentaneamente em segundo plano nas negociações. A movimentação tímida reflete também a cautela diante das recentes oscilações nos preços internacionais.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a retração nos contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago foi um dos principais fatores para a hesitação dos vendedores. O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos pressionou as cotações para baixo. No entanto, a valorização do dólar frente ao real e o aumento dos prêmios de exportação ajudaram a conter maiores perdas no mercado brasileiro.
Preços da soja variam entre interior e portos
Os preços internos da soja apresentaram comportamento misto ao longo da semana final de julho. Em algumas regiões, houve estabilidade ou leve recuo, enquanto nos portos, os valores mostraram reação positiva. Em Passo Fundo (RS), por exemplo, a saca de 60 quilos caiu de R$ 135,00 para R$ 132,00. Já em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 115,00 para R$ 122,00. No Porto de Paranaguá (PR), uma das principais referências para exportação, a saca foi de R$ 133,50 para R$ 138,00.
A expectativa para agosto é de que o foco retorne gradualmente à soja, à medida que a colheita do milho avance e as decisões comerciais sejam influenciadas por fatores como a demanda externa, a movimentação cambial e as atualizações climáticas na América do Norte.