O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou uma série de programas agroambientais que visam fortalecer a produção rural com base em práticas sustentáveis e tecnicamente responsáveis. Entre os destaques estão o Plano Safra 2025/2026, o Solo Vivo e o Caminho Verde Brasil, que focam em fomentar a produtividade sem abrir mão da conservação ambiental.
As ações integram a preparação do Brasil para a 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), que será sediada em Belém (PA), em novembro deste ano. A ideia é mostrar que o agronegócio brasileiro tem condições de atender à demanda global por alimentos com baixa emissão de carbono, rastreabilidade e respeito ao meio ambiente.
O Plano Safra 2025/26, lançado esta semana, prevê R$ 400 bilhões em crédito rural, sendo R$ 85 bilhões exclusivamente voltados para práticas sustentáveis. Esse volume inclui linhas para integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), plantio direto, uso de bioinsumos e recuperação de áreas degradadas.
Já o programa Solo Vivo, implementado em parceria com a Embrapa, promove o uso racional do solo e incentiva o manejo adequado das propriedades rurais, reduzindo erosão e aumentando a produtividade. O Caminho Verde Brasil, por sua vez, atua como uma estratégia nacional de incentivo à certificação de propriedades agroambientalmente responsáveis, incluindo acesso facilitado a mercados externos exigentes.
O governo também reforçou que, para ter acesso a parte dos recursos, o produtor rural precisará estar com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) validado, além de apresentar projetos técnicos com enfoque sustentável.
A iniciativa é vista como estratégica para garantir segurança jurídica, competitividade internacional e preparar o agro brasileiro para as novas regras do mercado global, que cada vez mais exigem rastreabilidade, controle de emissões e conformidade ambiental.
