A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e o Instituto Federal do Acre devem formalizar uma parceria para que seja montado um laboratório de análise de solo na cidade de Feijó. A medida é estratégica para um movimento que começa a se intensificar entre os agricultores da região: o açaí de cultivo.
O Acre tem poucas propriedades que se dedicam ao cultivo do açaí. A fruta nativa é o diferencial. Mas, em função dos desmatamentos, está cada vez mais difícil a logística para garantir o transporte da fruta.
Além do laboratório de solos, essa parceria entre ABDI e Ifac também pode gerar uma incubadora de empresas: jovens estudantes desenvolvendo projetos de administração de empresas com foco na comercialização do açaí produzido no município.
A Prefeitura de Feijó calcula que a produção mensal de açaí no município gira em torno de 35 a 40 toneladas. Com o açaí de cultivo, o volume deve, no mínimo, dobrar. Para isso é preciso ter uma estrutura industrial com capacidade de atender à demanda no local mais próximo possível da extração.
Estão sendo feitos estudos do local ideal por parte da Prefeitura de Feijó para formalizar os trâmites burocráticos de cessão do terreno para a cooperativa que vai conduzir os trabalhos. Na região do Tarauacá/Envira, o cálculo da prefeitura é que mais de mil famílias vivam da extração do açaí.