Nova Indústria Brasil impulsiona cafeicultura no Acre com investimento de R$ 10 milhões no Juruá

Diretora da ABDI, Perpétua Almeida, afirma que projeto fortalece agroindústria sustentável, gera emprego e empodera pequenos produtores e mulheres na região

Luiz Eduardo Souza
Diretora da ABDI fala que Complexo Industrial do Café do Juruá tem foco na produção sustentável. (Foto: Luiz Eduardo)

O Complexo de Café inaugurado no Vale do Juruá é fruto de um dos maiores investimentos da Nova Indústria Brasil na região Norte. Com aporte de R$ 10 milhões, a estrutura foi viabilizada por meio de uma articulação entre o Governo Federal, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), cooperativas e parceiros locais. A diretora da ABDI, Perpétua Almeida, destacou a importância estratégica do projeto para a industrialização da agricultura familiar no Acre.

“O que estamos vendo aqui é o governo federal realizando sonhos de quem vive da colheita, do plantio, do trabalho no campo. A Nova Indústria Brasil tem como missão fortalecer cadeias agroindustriais sustentáveis, valorizar as cooperativas, empoderar mulheres e aumentar a renda do produtor. E é isso que estamos fazendo aqui no Juruá”, afirmou Perpétua.

Segundo ela, o apoio da ABDI à Coopercafé e aos produtores da região permite que a produção de café, antes dependente de atravessadores e limitada à venda in natura, passe agora a ser industrializada localmente. Isso eleva o valor do produto e faz o dinheiro circular no município. “Estamos ajudando os produtores a agregarem valor à produção. Isso gera renda, desenvolve o município e fortalece toda a região”, reforçou.

O investimento de R$ 10 milhões é resultado de uma parceria entre a ABDI e a Coopercafé, com apoio também do Instituto Amazônia Sustentável – ligado à Confederação Nacional da Indústria – que auxiliou pequenos produtores mais distantes com a implantação de sistemas de terreno suspenso. Além disso, governos municipais do Juruá e o Governo do Estado do Acre se somaram à iniciativa.

Perpétua também destacou a agilidade na construção do complexo industrial. “Do dia em que foi assinada a ordem de serviço até o primeiro teste das máquinas se passaram menos de 15 meses. Hoje faz exatamente dois meses que a indústria começou a operar. É a obra pública mais rápida da região. Isso prova que é possível usar o dinheiro público com seriedade e eficiência.”

A diretora da ABDI ressaltou ainda a necessidade de fortalecer a infraestrutura científica e tecnológica na região. “Infelizmente, nem laboratório de análise de solo nós temos aqui. Tudo precisa ser enviado para fora do estado. Mas já estamos dialogando com os Institutos Federais para mudar essa realidade. Em Brasília, estamos montando laboratórios para análise de vinhos do Cerrado e queremos fazer o mesmo aqui com o café.”

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