Em junho, alimentos ficam mais baratos em Assis Brasil

Levantamento da cesta básica revela queda nos preços de alimentos e consolida município como referência no monitoramento do custo de vida no Acre

Luiz Eduardo Souza

Assis Brasil, se consolida como referência em dados socioeconômicos no Acre. Segundo levantamento realizado pelo curso de Economia da Universidade Federal do Acre (Ufac), o custo da cesta básica alimentar no município registrou queda de 0,18% em junho de 2025. O estudo integra o projeto de extensão “O Custo da Cesta Básica em Assis Brasil”, coordenado pelo professor Rubicleis Gomes da Silva e executado pelos próprios estudantes do curso.

Além da alimentação, o levantamento também mostrou uma redução de 1,46% no valor da cesta de higiene pessoal e um aumento de 1,69% na cesta de limpeza doméstica, com destaque para a alta no preço da vassoura piaçava. No geral, os resultados apontam para uma relativa estabilidade nos custos dos itens de primeira necessidade.

“Mesmo com o leve aumento na cesta de limpeza, o custo da alimentação caiu em Assis Brasil, principalmente pela redução no preço do arroz, leite e farinha de mandioca. Esses dados estão em consonância com o IPCA de Rio Branco, que foi zero no período. Ou seja, ficou mais barato se alimentar no município”, destacou Rubicleis.

Atualmente, Assis Brasil é o único município do interior do Acre — ao lado da capital — que realiza esse tipo de levantamento contínuo e público. A metodologia adotada inclui coleta de dados em mercados, panificadoras e açougues de cinco bairros da cidade, realizada por estudantes bolsistas entre os dias 10 e 15 de cada mês.

O projeto também teve desdobramentos importantes, como a realização de um seminário com a presença do prefeito, vice-prefeito, vereadores e representantes da sociedade civil, o que reforça seu impacto comunitário.

Em comparação com Rio Branco, a cesta alimentar em Assis Brasil continua mais barata. Em maio, por exemplo, o valor era R$ 538,55 no município fronteiriço, contra R$ 578,05 na capital — uma diferença de R$ 39,50.

Para o professor Rubicleis, os dados obtidos são valiosos tanto para a gestão pública quanto para a população. “Esse tipo de informação ajuda a formular políticas públicas, calibrar programas sociais e entender a realidade do poder de compra das famílias. É um instrumento técnico, mas com grande impacto social.”

O relatório completo está disponível para consulta pública e será divulgado nas redes sociais do projeto e da universidade.

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