“Arrombaram o cadeado e levaram os bois”, diz gerente do frigorífico

Agentes de segurança avaliam que esse gado pode ter sido, de fato, roubados. Já que a quantidade de gado que "escapou" do frigorífico após atentado foi grande

O gerente do frigorífico de Brasileia onde está sendo abatido o gado apreendido por decisão da Justiça Federal para execução da Operação Suçuarana desabafou nas redes sociais. Em áudio, o homem fala com visível descontentamento. Cerca de 137 animais saíram do frigorífico. “Arrombaram o cadeado e levaram os bois, entendeu? Você acha que eu queria estar matando esse gado aqui, meu irmão”, pergunta o gerente, contrariado. “Eu lá quero saber de problema. Eu lá quero matar gado de ninguém, meu irmão. Nós estamos sendo obrigados a matar isso aqui. Nós estamos sendo obrigados”.

A empresa Norte Carnes divulgou, inclusive, uma nota afirmando que “não compactua com os fatos ocorridos na Operação Suçuarana” e que a empresa “também foi pega de surpresa quanto à chegada dos animais em sua estrutura”.

Existe ordem da Justiça Federal para que o gado produzido em área embargada dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes seja apreendido e abatido. Todos os instrumentos e ferramentas utilizados para a produção de gado em área grilada ou embargada dentro da resex precisa ser inutilizado ou conferido a esse material uma destinação que não sustente a ação criminosa.

A produção de gado na Resex Chico Mendes é permitida, desde que respeitado o Plano de Uso da Resex. As autuações da Operação Suçuarana acontecem após um longo processo judicial em que as partes foram devidamente ouvidas, com amplo direito de defesa. Como as orientações e notificações dos órgãos de fiscalização foram ignoradas ao longo do tempo, a Justiça Federal reagiu.

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