A Rede Cooperacre recebeu esta semana a visita de representantes internacionais da ciência e da gestão ambiental. Estiveram presentes o Dr. William Boyd, do Instituto do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), a Dra. Colleen Scanlan Lyons, do Departamento de Estudos Ambientais da Universidade do Colorado em Boulder, e Martha Fontes, gerente de operações do Secretariado Global da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas (GCF Task Force).
A visita técnica foi articulada com o apoio do presidente do Sistema OCB no Acre, Valdemiro Rocha, e teve como objetivo apresentar o modelo de negócios da Cooperacre, estruturado a partir da produção agroextrativista de base familiar, da organização cooperativista e da agregação de valor aos produtos florestais. A iniciativa promove uma economia sustentável, que alia desenvolvimento à conservação da floresta em pé.
Durante a visita ao complexo agroindustrial da Cooperacre — que abriga a unidade de beneficiamento de castanha-do-brasil e, em fase final de construção, a de frutas tropicais — os visitantes destacaram o caráter inovador das operações e da governança do sistema cooperativo. O modelo, que já apresenta resultados positivos na geração de emprego, renda e conservação ambiental, foi reconhecido como referência internacional para iniciativas de desenvolvimento de baixo carbono.
A programação incluiu ainda a apresentação do Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal (LEGAL), criado em 2021 e formado por pesquisadores de instituições de ensino superior dos nove estados da Amazônia Legal. A professora Dra. Luci Teston, da Universidade Federal do Acre (UFAC) e coordenadora estadual do LEGAL, apresentou as principais linhas de atuação e resultados do grupo, com foco na produção de indicadores e análises que contribuem para a compreensão dos processos econômicos, políticos e ambientais na região.
O encontro foi avaliado como extremamente positivo pelas instituições envolvidas, ao reforçar a convergência de propósitos em torno de um modelo de desenvolvimento que integra inovação, justiça social, sustentabilidade e valorização dos territórios amazônicos.
Mais do que uma visita institucional, o momento consolidou-se como um espaço de escuta e intercâmbio entre ciência, cooperativismo e iniciativas sustentáveis. A experiência fortaleceu parcerias e ampliou as possibilidades de cooperação global, reafirmando o papel do Acre como protagonista na construção de uma nova economia: inclusiva, sustentável e comprometida com a preservação da floresta e o bem-estar das comunidades.