Após a denúncia feita pelo produtor Anacleto, que afirmou ter sido impedido de entrar no Ceasa de Rio Branco para vender sua carga de pocã na madrugada desta quinta-feira (15), a coordenação da central de abastecimento se manifestou e classificou o episódio como um mal-entendido pontual.
De acordo com o coordenador do Ceasa, Aesso Felipe da Silva, o produtor chegou ao local por volta das 3h54 da manhã, momento em que um dos vigilantes estava orientando outro agricultor que entregava sua ficha de entrada.
“O vigilante estava acolhendo o documento de outro produtor, quando o Anacleto chegou e questionou. Foi orientado a aguardar mais quatro minutos. Mas ele não gostou muito da situação e se exaltou”, explicou Aesso.
O coordenador informou que Anacleto foi liberado logo em seguida para entrar e comercializar sua produção. Para reforçar sua versão, Aesso encaminhou um vídeo do circuito interno do Ceasa, que mostra o momento em que o produtor é abordado e orientado na portaria.
Além disso, Aesso esclareceu que todos os produtores têm acesso garantido ao Ceasa, mesmo que ainda não possuam cadastro formalizado. Segundo ele, nesses casos, a entrada é autorizada normalmente, e o agricultor recebe orientações de como funciona o mercado e quais os documentos necessários para se regularizar.
“Ele pode continuar vindo até 30 dias sem cadastro. Aqui dentro, é abordado por um orientador de mercado, que explica como funcionam os preços e o sistema para que ele não saia no prejuízo”, afirmou o coordenador.
A fala vai ao encontro do que disse o secretário de Agronomia do município, Eracides, que negou qualquer mudança nas regras e reforçou que apenas atravessadores ou atacadistas são impedidos de entrar antes das 4h.
O produtor Anacleto, por sua vez, sustenta que se sentiu desrespeitado e cobra mais clareza no tratamento aos agricultores que chegam sem cadastro. A coordenação do Ceasa informou que está à disposição para prestar esclarecimentos e evitar novos conflitos.