Em meio ao calor intenso de Rio Branco, uma figura é presença garantida nos sinais de trânsito da cidade. José dos Santos, conhecido pelos motoristas como “Coco Zé”, tem feito da venda de água de coco uma verdadeira tradição nas esquinas da capital acreana. Com sorriso aberto e uma garrafinha de coco gelada, ele tem conquistado os motoristas e pedestres que, diariamente, passam pelos semáforos em busca de alívio para o calor escaldante.
“Eu sou o homem da água de coco! Em qualquer canto da cidade, pode me encontrar. Meu coco é o melhor e refresca até a alma”, brinca José, enquanto prepara mais um copo para um motorista sedento que aguarda o sinal abrir.
José, que já vende água de coco há mais de 15 anos, começou o negócio como uma maneira de complementar a renda. Natural de Senador Guiomard, ele se mudou para Rio Branco na esperança de encontrar mais oportunidades e não demorou muito para que ele se encantasse pela vida nos semáforos.
Com uma caixa térmica cheia de cocos fresquinhos, ele percorre diversos pontos da cidade, sempre atento aos sinais e pronto para fazer mais uma venda. Sua rotina começa cedo, quando vai à feira comprar os cocos frescos, e vai até o final da tarde, quando o movimento começa a diminuir. José se orgulha do vínculo que criou com os motoristas e frequentadores das ruas de Rio Branco, e sabe que, por mais simples que seja, seu trabalho traz um alívio diário para quem passa por ali.
“O calor aqui é forte, né? Então, a água de coco é a melhor coisa que eu posso oferecer. Não tem coisa melhor do que ver a pessoa beber e dizer ‘que delícia, agora sim’!”, diz José com um sorriso no rosto.
Embora o trabalho nas ruas traga desafios como a exposição ao sol forte e as dificuldades de mobilidade nos semáforos movimentados, José afirma que a satisfação dos clientes e o pequeno lucro diário o mantêm motivado.
“O bom é que eu encontro muita gente, faço novas amizades e todo dia é um aprendizado. E sempre tem aquele motorista que me vê e já pede pelo nome. Isso é gratificante!”, compartilha ele, emocionado.
Para José, vender água de coco é mais do que um simples negócio; é uma forma de interagir com a cidade e se conectar com as pessoas. E, para os motoristas que cruzam o caminho de José, ele é mais do que um vendedor: é uma pausa refrescante no cotidiano quente de Rio Branco.