Holding peruana faz mediação de hortifruti com segmento supermercadista do Acre

Negociações estão acontecendo e podem ser ampliadas com região do Departamento de Puno que garante comércio direto entre produtor e empresa acreana

Itaan Arruda
Laranjas e morangos peruanos podem chegar aos supermercados do Acre sem atravessadores

A PerBra Holding, empresa peruana de intermediação comercial, intermedeia comércio de hortifruti da região do Departamento de Puno para o setor supermercadista do Acre. Com um diferencial: não há atravessadores. “A negociação é direta do produtor com a empresa do Acre que está importando”, afirma Alejandro Salinas, empresário da holding.

A lista inicial que está à disposição dos supermercados do Acre tem 67 produtos. Essa semana, uma reunião entre representantes da PerBra, mediada pelo deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Governo do Estado do Acre, aconteceu com o empresário Ádem Araújo, da rede AraSuper.

A rede já tentou estabelecer essa integração econômica com o Peru na prática, há aproximadamente 20 anos. A primeira importação com um caminhão de cebolas foi destaque na imprensa local. Chamava atenção a qualidade e a uniformidade das cebolas. À época, a direção teve muita dificuldade com as questões de alfândega. Tentou por mais um tempo, mas diante dos gargalos que não diminuíram, fez revisões administrativas e interrompeu a importação.

A retomada pode acontecer, caso a holding peruana garanta o fluxo exigido pela demanda da rede acreana de supermercados. Frutas são a prioridade, com destaque para laranjas e morangos. Na próxima semana, haverá uma nova reunião. Na ocasião, será estabelecido um cronograma. Entre 30 e 40 dias, a partir dessa definição, o primeiro carregamento já pode chegar em Rio Branco.

A PerBra escolheu o Departamento de Puno (mais precisamente a cidade de Ácora) porque é um departamento com forte vocação agrícola e que sofre com a concorrência de regiões próximas à Capital Lima. Ácora precisa ampliar relações comerciais e o Acre, nesse aspecto, pode ser estratégico. 

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