No primeiro trimestre de 2025, o Acre exportou US$ 25,7 milhões. Desempenho melhor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando exportou US$ 15,6 milhões. Com um detalhe, o ano de 2025 foi maior o peso do setor frigorífico nas exportações. O segmento foi responsável por 42,8% de tudo o que o Acre vendeu para fora do país.
Foram quase US$ 11 milhões exportados de produtos vinculados à indústria frigorífica. É preciso ressaltar que nem todas as plantas frigoríficas de abate de bovinos do Acre estão em operação. Há um em reforma na Capital e outro que será reativado em Tarauacá. Quando essas duas unidades entrarem em operação, a participação do segmento nas exportações acreanas será ainda mais expressiva.
Revisitar esses números é importante para alimentar e qualificar o debate para a próxima reunião do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento, cujo presidente, Assuero Veronez, é também presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre.
Entendendo a importância tanto da necessidade de manutenção do cenário atrativo para o produtor de carne, Veronez tem dimensão da importância do segmento industrial para dar sustentabilidade à cadeia produtiva da carne na região.
“A chamada ‘pauta do boi’, hoje, os valores dos bezerros, na pauta, que é um valor base para tributação, hoje, ele está abaixo do mercado. E a reivindicação dos frigoríficos é que eleve-se o valor da pauta para os valores praticados no mercado hoje. Isso aumentaria o imposto para a retirada desses bezerros no Estado e, em tese, dificultaria a saída de tantos bezerros. Não que se tenha que fechar essa fronteira. Não é isso, mas dificultar um pouco para diminuir essa evasão de animais para outros estados”, afirmou o presidente.
O estabelecimento de um limite, via tributação é algo que precisa ser avaliado e discutido entre os economistas da Sefaz com representantes dos segmentos dos pecuaristas e dos frigoríficos. Ainda não foi agendado o próximo debate do Fórum Empresarial de Inovação de Desenvolvimento.