A secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiavelli, participou da abertura dos trabalhos de planejamento do projeto Bioeconomia nas florestas.
A iniciativa faz parte da cooperação entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Cooperação para o Desenvolvimento da Alemanha (GIZ), representados na ocasião respectivamente, pela coordenadora geral do ICMbio, Tatiana Rehder, e pelo diretor de projetos, Prof. Dr. Benno Pokorny. “Essa é uma importante parceria, pois é um trabalho que chega lá na ponta. Nossas equipes vão atuar nos territórios para ajudar os povos e comunidades tradicionais a acessarem as políticas públicas”, reforça Machiavelli.
O evento, que ocorre nos dias 16 e 17, também tem como objetivo avaliar o projeto anterior, Bioeconomia e Cadeias de Valor, que foi executado entre os anos de 2021 e os primeiros meses de 2025.
Foco nas florestas
O novo projeto Bioeconomia para Florestas — Economia social e ecologicamente justa em áreas florestais e de assentamentos na Amazônia — tem como objetivo apoiar povos indígenas, comunidades tradicionais e quilombolas, em áreas protegidas nos estados do Acre, Amazonas e Pará, para implementar estratégias de promoção de uma sociobioeconomia inclusiva, justa e sustentável.
A execução é de janeiro de 2025 a dezembro de 2027, com recursos na ordem de 2,5 milhões de euros (2025-2027). O projeto foi estruturado em três componentes: melhorar políticas públicas e instrumentos de apoio para desenvolver potenciais de sociobioeconomia; fortalecimento de capacidades profissionais e organizacionais para a promoção da sociobioeconomia justa e inclusiva; desenvolvimento da sociobioeconomia nos contextos específicos dos territórios Alto Acre, Médio Solimões, Marajó.
Entre as estratégias e possibilidades de atuação do projeto que conversam com as políticas públicas e prioridades do MDA destacam-se: ATER; financiamento e acesso ao crédito; fortalecimento de Diálogos Setoriais de Cadeias (Açaí, Borracha, Castanha, Pirarucu); qualificação e adequação de políticas públicas (PAA, Pnae, PGPMBio, Pronaf), com foco em PCT e gênero; apoio ao desenvolvimento de programas específicos (PAA extrativista incorporando prioridades de segurança alimentar e nutricional, como, por exemplo, Açaí, pirarucu, castanha, sementes, etc); ampliação do acesso às políticas públicas (PAA; PNAE; PGPMBio; Pronat, Programa Florestas Produtivas).