A cobrança de 17% de ICMS para importação de frutas e legumes do Peru pode inviabilizar o comércio na região. Com dez anos de atuação no segmento, inclusive com empresas peruanas no currículo, Jocimar Marçal, 50 anos, ainda entende que é possível superar esse gargalo.
“Enquanto o Acre cobra dezessete por cento de ICMS na importação, os produtos do Peru estão chegando em Alagoas e em Santa Catarina que cobram quatro por cento”, compara em tom de indignação.
Uma reunião com o deputado federal José Adriano (Progressistas/AC) e com o secretário de Fazenda, José Amarísio, está prevista para discutir o assunto.
Marçal já importou maçã, uva, cebola e está, atualmente, com duas cargas de laranja encomendadas. A infraestrutura da aduana é motivo de reclamação. “Não é possível o Brasil querer dinamizar o comércio, a integração do comércio com o Peru aqui com a atual estrutura da aduana em Assis Brasil”, afirma o empresário.
Um dos exemplos que o empresário cita aconteceu recentemente. Teve que gastar uma diária de US$ 250 com o caminhão que trazia uma carga de frutas do Peru. O caminhão ficou parado por 10 dias. “Foram dois mil e quinhentos dólares que eu gastei”.
O superintendente do Mapa no Acre, Paulo Trindade, tem sido um parceiro do empresário na tentativa de fazer com que esses gargalos sejam superados.
A Secretaria de Estado de Fazenda foi acionada para explicar sobre possíveis providência para mudar esse cenário. O responsável pela questão de tributos envolvendo Comércio Exterior deve entrar em contato. Assim que as informações forem oferecidas, o ac24agro atualiza este conteúdo.