O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Jorge Viana, é um dos que defende a não retaliação às medidas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. “Os Estados Unidos são um bom parceiro comercial nosso. Eles têm um saldo superavitário conosco de quase seis bilhões de dólares. Mas a gente exporta quarenta bilhões de dólares pra eles de manufatura, o que gera muito emprego aqui”, comparou Viana.

O presidente da Apex entende que a postura protecionista que está sendo construída em escala global é ruim. “Isso vai trazer inflação, isso vai gerar desemprego em muitos lugares. Mas o Brasil precisa ter um pouco de sangue frio e procurar o diálogo”, ponderou.
A reação brasileira, no entendimento de Viana, já foi estrategicamente moldada. O acordo Mercosul-União Europeia pode ser uma referência importante, sem ferir o comércio com os Estados Unidos. “O acordo Mercosul-União Europeia, agora, ganha uma força enorme. Se esse acordo entrar em vigor agora, se for aprovado nos países como a gente está trabalhando agora para que seja, isso vai abrir muitas e muitas oportunidades, especialmente para o Brasil”, destacou.
Acordo Mercosul-UE ganha força com cenário protecionista
Em 60 dias, uma missão japonesa desembarca no Brasil com o objetivo de avaliar a cadeia produtiva da carne bovina. Com uma ressalva: essa avaliação deve ocorrer apenas nos estados com o mais alto grau de classificação sanitária. Ao Japão só interessa a carne produzida nos estados livre da aftosa sem vacinação.
Fazer parte do “Clube dos Cinco” é uma condição elementar. Essa restrição limita a comercialização do mercado japonês aos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rondônia e Acre.
O mercado japonês é um dos mais seletivos. Estar nele é sinônimo de oferecer um produto de muita qualidade e com alto valor agregado.