Maíde Alves de Oliveira tem 59 anos. Mora na região do Ramal Bom Jesus há 28. Os netos e a sobrinha cansaram de se equilibrar e de cair no meio da lama. A paciência, hoje, esgotou. “Na época da eleição, até um pouco antes, a Prefeitura de Rio Branco fez um beneficiamento no ramal. Mas foi só na linha do ônibus”, lembrou a moradora da Travessa Biribá. “Mas o que está acontecendo com a gente aqui é um absurdo. Minha sobrinha hoje levou duas quedas para ir trabalhar. É um constrangimento horrível”.
Ela lembra que há três loteamentos na Travessa Biribá. “Essa região aqui, há muito tempo que é uma área rural, mas é também urbana. Aqui nesses loteamentos, por exemplo, têm mais de duzentas famílias que todo dia têm que andar setecentos e cinquenta metros até chegar na [rua] principal”.
Normalmente, os trabalhadores da comunidade saem para trabalhar às 5 horas. “Como é que a gente pode ir trabalhar a essa hora tendo que atravessar isso aqui com lama pelas canelas?”, pergunta, em tom de indignação.
Maíde de Oliveira é descrente do trabalho da associação. “Aqui tinha uma associação de produtores rurais, mas já não tem mais”, lamentou.
Cadê o prefeito pra arrumar essa rua? Eu (neta dela) e a sobrinha dela, não aguentamos mais, e não é apenas a gente, toda a sociedade não suporta mais isso
Vez em quando eu entro nesse ramal
É lamentável
Muito vergonhoso