Fruticultores de Capixaba pressionam Aleac para diminuir prejuízos

Falta de infraestrutura para estocagem das polpas de frutas impediu cooperativas de continuarem comprando produto

Itaan Arruda
Agricultores de Capixaba enfrentam dificuldades para vender a produção de maracujá devido à falta de estocagem.
Frutas se estragam no campo e estocagem no limite. Cenário “travou” o comércio de frutas e cooperativas viram alvos dos produtores

Um grupo de aproximadamente 70 fruticultores de Capixaba vai pressionar parlamentares estaduais na sessão desta terça-feira (18) da Assembleia Legislativa do Acre. O objetivo é conseguir apoio político para que os prejuízos com a safra de maracujá sejam diminuídos. Inicialmente, o protesto estava sendo planejado para acontecer em frente à Cooperacre. Mas o grupo mudou o foco.

“Vamos para a Assembleia. Alguém precisa entender o que está acontecendo para que o nosso problema seja resolvido. Amanhã, vamos levar os presidentes de associações que não receberam pelo que produziram. Vamos ver de que maneira os deputados podem ajudar a gente”, afirmou a presidente da Cooperativa Santa Fé, Nilva da Cunha Lima.

Os fruticultores de Capixaba (sobretudo os que plantaram maracujá) foram estimulados pelo Governo do Acre e pelas cooperativas a plantarem. São cerca de 100 famílias da região que produziram maracujá. Não há números exatos do volume de produção ainda.

O que se sabe é que todas as câmaras frias disponíveis para estocar o produto estão lotadas de polpas de frutas. A Cooperacre lotou as câmaras frias que possui e alugou outras seis. Todas lotadas. Nas casas dos produtores, os refrigeradores também estão lotados de polpas. A muitas frutas se estragou. Para o agricultor de base familiar, o prejuízo é grande.

O grupo também alega que o Governo do Acre ainda não sanou todas as dívidas com associações. Mas o problema mais grave, de fato, é a questão da falta de infraestrutura de armazenagem e a inexistência de mercado consumidor para a polpa acreana.

A Cooperacre investe na ampliação de mercado. A meta é passar a exportar polpa de fruta para fora do país. Investe na instalação de mais uma câmara fria que vai dobrar a capacidade de estocagem. O investimento é de R$ 40 milhões.

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