A metodologia e os critérios da formação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi o principal ponto de debate entre a representação do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Acre, a direção do Banco da Amazônia, representante do ICMBio e da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Acre.
Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o desafio é fazer com que as famílias das reservas extrativistas tenham acesso aos Recursos do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar, o Pronaf. Mas para acessar é preciso ter o CAR atualizado.
Nas propriedades rurais privadas, o CAR é individualizado. Em uma reserva extrativista é diferente: o cadastro é coletivo. E essa característica não é, protocolar mente, aceita pelo sistema financeiro.
“A adequação desse modelo ao sistema bancário tem sido um dos desafios para viabilizar o crédito aos extrativistas. Com os avanços obtidos na reunião, a expectativa é que, já na próxima semana, esse entrave seja resolvido e os financiamentos possam ser liberados”, avalia o Ministério do Desenvolvimento Agrário em material de divulgação.
“O acesso ao crédito é fundamental para garantir a produção sustentável e fortalecer a economia local. Estamos empenhados em garantir que esse recurso chegue a quem realmente precisa”, afirmou o representante do MDA no Acre, Cesário Braga.
“Esse crédito vai permitir que nossos produtores possam investir no cultivo sustentável e ampliem as atividades sem comprometer a floresta. É uma conquista para quem vive e preserva a Amazônia”, afirmou Antônio Sergioni, presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Acre.
Não houve nenhum compromisso por parte da direção do Banco da Amazônia em relação à datas ou revisão dos critérios.
As regras seguidas pelas instituições financeiras, públicas ou privadas, são estabelecidas e fiscalizadas pela autoridade monetária máxima do país, o Banco Central. Qualquer revisão de critérios precisa passar pelo aval do BC.