Agronegócio e trabalho escravo na Região Norte: um perfil feito pela CPT

Relatório da CPT aponta que a Região Norte lidera casos de violência no campo, com assassinatos e resgates em condições análogas à escravidão em áreas de expansão do agronegócio.

Luiz Eduardo Souza

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou um relatório que acende um alerta sobre as violações de direitos humanos no campo, especialmente na Região Norte. De acordo com o documento, até novembro deste ano, a região liderou os registros de violência no meio rural, com nove assassinatos de lideranças comunitárias e 83 pessoas resgatadas de condições análogas à escravidão.

O coordenador da CPT, Dirceu Fumagalli, atribui os números à lógica de expansão predatória do agronegócio, voltada exclusivamente para o lucro. Ele ressalta que os conflitos estão enraizados em disputas fundiárias e processos de grilagem, afetando diretamente indígenas, posseiros e trabalhadores rurais.

A entidade também aponta que, apesar de uma redução tímida em relação a 2008, o cenário permanece crítico, com impactos profundos sobre comunidades tradicionais e trabalhadores explorados em atividades agrícolas e extrativistas.

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