O presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores da Transacreana, José Augusto, denunciou nesta terça-feira, 1º de julho, os sucessivos embargos aplicados por órgãos ambientais a propriedades rurais da região. Segundo ele, as fiscalizações têm resultado em prejuízos graves para dezenas de famílias que dependem diretamente da produção agrícola e pecuária para sobreviver. Uma nova audiência pública está marcada para o dia 11, no auditório do Detran (antiga Firb/Faao).
Durante uma fala incisiva em frente à Assembleia Legislativa do Acre, José Augusto lamentou a ausência de representantes do Ministério Público, do ICMBio e da própria Aleac na audiência pública que estava prevista para ocorrer nesta terça. “Hoje tínhamos uma audiência pública marcada aqui na Assembleia Legislativa, que havia sido acordada na nossa outra vinda, mas não foi possível realizar porque não conseguiram mobilizar os deputados, o Ministério Público e o ICMBio para que estivessem presentes”, afirmou.
A principal queixa dos produtores é sobre a rigidez das fiscalizações e o número crescente de embargos e notificações, que, segundo eles, estão inviabilizando a atividade rural na região. “Muitos embargos e notificações, muitos produtores perdendo o que é seu, e não podemos aceitar isso. Nós somos os homens e mulheres que cuidam do campo e colocam o pão na mesa das pessoas”, disse José Augusto.
Os produtores pedem diálogo e soluções que conciliem a preservação ambiental com o direito ao trabalho no campo. A associação deve encaminhar nas próximas semanas um novo pedido formal para que a audiência pública seja remarcada com a presença de todas as instituições envolvidas.