O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) mantém equipes de vigilância para evitar a “mosca da carambola” em 18 municípios. Apesar do nome, o problema não se restringe à carambola: a mosca atinge frutos de uma maneira geral. No Brasil, há registros de problemas com 40 tipos de frutos. Há casos confirmados nos estados do Pará, Amapá e Roraima.
No Acre, não há registro de nenhum caso ainda. Mas o monitoramento precisa ser constante. E ele é feito com uso de 40 “armadilhas” instaladas em pontos estratégicos em 18 municípios. A equipe volta nesses pontos de duas em duas semanas para verificar a presença ou não da praga.
Os profissionais do Idaf operam obedecendo a instruções normativas que foram atualizadas recentemente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por meio de portaria. Esse conjunto de regras compõe o programa nacional de combate e prevenção à mosca da carambola.
“A mosca da carambola não está presente no Acre. Mas é dever do Estado proteger e evitar que ela chegue ao nosso território”, afirmou a Chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal do Idaf/AC, Gabriela Tamwing.
A Chefe da Defesa Sanitária Vegetal do Idaf explica que os danos ocorrem diretamente nos frutos. As fêmeas colocam os ovos dentro de frutos “de vez” ou próximos a maturação, e em poucos dias os ovos eclodem e as larvas passam a se alimentar e se desenvolver no interior dos frutos. À medida que as larvas se alimentam do fruto, há o apodrecimento e a queda precoce do fruto. Para um fruticultor isso pode ser traduzido em uma palavra: prejuízo.
No Brasil, o primeiro registro foi no Amapá em 1996. O Mapa classifica o Acre como “risco médio” para a presença da “mosca da carambola”.