O Chile vai comprar carne suína do Paraná. O compromisso foi firmado durante visita do presidente do Chile, Gabriel Boric, ao Brasil. O critério exigido pelo governo chileno foi o estado ser livre de aftosa sem vacinação e não ter registro de Peste Suína Africana. São condições sanitárias semelhantes às do Acre e Rondônia. Aliás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rondônia e Acre têm a mesma classificação sanitária. São os únicos do país.
“Reconhecemos que o Paraná está livre de febre aftosa e, portanto, poderemos receber carnes deste estado muito importante do Sul do Brasil”, afirmou Esteban Venezuela, em declaração feita nas redes sociais do ministro da Agricultura chileno e divulgada pela Agência Brasil.
A mesma agência de notícias informa que os frigoríficos paranaenses haviam apresentado essa demanda do mercado chileno há muito tempo. E quem confirmou isso para a agência estatal foi o secretário de Comércio de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luiz Rua.
“Esse é um pleito muito antigo do estado [Paraná] e logo, logo as empresas paranaenses deverão estar exportando carne suína para o Chile”, afirmou Rua.
A informação foi recebida com algum entusiasmo por produtores do Acre. Por dois fatores: o primeiro é questão sanitária, já que o Acre e Rondônia atendem às mesmas exigências do governo chileno em relação ao Paraná. O segundo é a questão logística.
O Acre precisa aumentar a escala de produção. No momento, Paraná lidera a produção de suínos no país. Relacionar ao suíno produzido aqui à marca “Amazônia” pode ser um diferencial que o mercado valoriza, além de efetivamente produzir uma carne com qualidade.