Chuvas fazem igarapés transbordarem e isolam comunidades

Após mais de 10 horas de precipitações intensas, ramais ficam intrafegáveis em Sena Madureira e Brasiléia; Defesa Civil acompanha situação dos rios

Redação

As fortes chuvas que atingiram o Acre por mais de 10 horas consecutivas, entre a madrugada e a tarde desta sexta-feira (26), provocaram o transbordamento de igarapés e causaram transtornos em comunidades rurais de diferentes regiões do estado. O volume elevado de água deixou ramais interditados, famílias isoladas e acesso comprometido a áreas urbanas, principalmente em municípios do interior.

Em Sena Madureira, o igarapé Xiburema, localizado na zona rural, transbordou e interrompeu completamente a circulação no ramal do quilômetro 40. A ponte que liga a comunidade ficou submersa, impossibilitando a passagem de veículos, motocicletas, pedestres e até animais. Com a interdição, moradores ficaram sem acesso à BR-364, principal via de ligação com a sede do município.

Imagens enviadas por moradores mostram a força da correnteza no local. Segundo relatos, a travessia só seria possível com o uso de embarcação, mas o risco é considerado elevado devido à velocidade da água. “A correnteza está muito forte e a ponte ficou totalmente coberta. Não tem como atravessar com segurança”, relatou um morador da região.

Situação semelhante foi registrada em Brasiléia, no ramal do Jarinal, com acesso pelo km 5 da BR-317. O igarapé da localidade também transbordou, tornando o trecho praticamente intransitável. Em vídeos que circulam nas redes sociais, moradores tentam atravessar o alagamento com uma motocicleta, que acaba sendo invadida pela água. Em outra gravação, um colono montado a cavalo desiste da travessia para não colocar a própria vida e a do animal em risco.

Além dos impactos na mobilidade, as chuvas intensas já começam a gerar reflexos no setor rural, com ramais comprometidos, dificuldade de acesso às propriedades e interrupção do escoamento da produção. O excesso de água pode provocar prejuízos a agricultores e pecuaristas, além de afetar o abastecimento e os preços de alimentos em centros urbanos.

A Defesa Civil segue monitorando a situação, especialmente a elevação do Rio Acre, e mantém equipes de prontidão para atender possíveis ocorrências. Até o momento, não há registro oficial de desabrigados, mas o alerta permanece devido à previsão de continuidade das chuvas nas próximas horas.

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