A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) chega ao fim em Belém (PA) em meio a um clima de “fim de festa”, com parte da Blue Zone fechada após um incêndio e programação reduzida nos últimos dias. Apesar do encerramento conturbado, a participação do Acre foi marcada por agendas estratégicas, exposição de produtos da bioeconomia e reforço do compromisso do estado com políticas de desenvolvimento sustentável.
Durante o evento, o Acre promoveu o painel “O Acre no caminho certo – experiências de soluções climáticas inovadoras”, onde o governo apresentou ações de governança climática, bioeconomia, justiça climática e resiliência institucional. A iniciativa buscou mostrar como o estado tem avançado em modelos que conciliam geração de renda, conservação da floresta e combate ao desmatamento.
Na Zona Verde, o Acre também chamou atenção ao expor produtos da bioeconomia como café robusta, mel nativo, farinha de mandioca, palmito, cachaça e peças de artesanato, reforçando o potencial econômico do reflorestamento e da produção sustentável. A mostra foi organizada com apoio do Sebrae e de órgãos estaduais, evidenciando a integração entre governo, entidades e produtores locais.
A representação institucional acreana ainda incluiu o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), que apresentou iniciativas de controle externo ambiental voltadas ao monitoramento da Floresta Estadual do Afluente. A participação reforça que o Acre busca não apenas visibilidade, mas também consolidar práticas de fiscalização e governança capazes de atrair investimentos e parcerias internacionais.
Com o encerramento da COP30 nesta sexta-feira, 21, o saldo para o Acre é positivo: o estado conseguiu mostrar projetos, produtos e modelos de gestão que fortalecem sua imagem no cenário climático global. Ainda que sem anúncios de grandes acordos financeiros, o Acre se posiciona como ator relevante na agenda amazônica e na construção de soluções sustentáveis para o futuro da região.
