A safra da pitaya começou oficialmente no Acre, marcando o período mais aguardado pelos produtores da fruta, que veem nos próximos meses a oportunidade de ampliar a renda e fortalecer a fruticultura local. Conhecida por seu alto valor agregado, a pitaya tem ganhado cada vez mais espaço entre agricultores familiares, especialmente em municípios como Rio Branco, Bujari, Senador Guiomard e Acrelândia, onde o cultivo se consolidou como alternativa econômica promissora.
Com o início da colheita, a expectativa é de boa produtividade, favorecida pelo clima e pelo manejo adotado nas áreas cultivadas. A fruta deve abastecer feiras, mercados municipais, comércios locais e programas de compras institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A alta demanda — que costuma ser maior que a oferta — também ajuda a sustentar preços atrativos durante toda a safra.
Apesar do cenário positivo, os produtores seguem atentos aos desafios típicos da cultura. A pitaya produz apenas cerca de seis meses por ano, concentrando vendas nesse intervalo e exigindo boa organização para aproveitar o pico de oferta. Fora da safra, praticamente não há produção no estado, o que impede fornecimento contínuo para mercados maiores e redes de varejo.
Mesmo assim, o início da safra renova o otimismo entre agricultores e técnicos, que enxergam no cultivo da pitaya um caminho sólido para diversificação e fortalecimento da agricultura familiar no Acre. À medida que novas áreas são implantadas e o acesso à assistência técnica melhora, a tendência é que o estado amplie sua participação na produção regional dessa fruta exótica, conhecida pelo sabor, pelo apelo visual e pelo alto valor comercial.
