A chegada do período chuvoso no Acre marca também a retomada da força produtiva da acerola, fruta que se adapta bem ao clima tropical e responde rapidamente ao aumento da umidade. Entre novembro e março, as plantas entram em seu ciclo mais intenso de floração e frutificação, o que garante maior volume colhido e abastecimento regular para produtores e agroindústrias locais.
Essa janela produtiva é especialmente importante para o segmento de polpas e sucos, que depende de matéria-prima fresca e com alta concentração de vitamina C. A acerola colhida durante as primeiras chuvas costuma apresentar frutos mais cheios, com melhor teor de suco e maior rendimento por quilo processado, pontos essenciais para quem trabalha com processamento.
No Acre, onde a produção é predominantemente de pequenos e médios agricultores, a fruta se destaca como alternativa eficiente de renda pela rápida produção e pela boa aceitação no mercado regional. Com a maior oferta neste período, agroindústrias artesanais e pequenas fábricas de polpas aumentam o ritmo de compra para formação de estoque, garantindo fornecimento durante os meses de menor produtividade.
Além da demanda firme nos mercados locais, a procura por sucos naturais e polpas congeladas tem crescido nas cafeterias, restaurantes e mercearias, fortalecendo ainda mais a cadeia produtiva. A fruta também é valorizada por ser versátil, permitindo a produção de blends, néctares e polpas mistas com cupuaçu, manga e goiaba — combinação apreciada pelos consumidores acreanos.
Com perspectiva positiva para os próximos meses, a produção de acerola segue como uma das atividades mais dinâmicas da fruticultura regional, sustentando o mercado de polpas e sucos e reforçando o papel dos agricultores familiares na oferta de alimentos saudáveis e de alto valor nutricional. A retomada das chuvas, aliada ao manejo adequado, coloca o Acre em um momento favorável para quem aposta na cultura.
