Os frigoríficos acreanos Frigonosso e Frigomard fazem parte da missão brasileira que acompanha o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva à Indonésia e à Malásia. A ideia é mapear oportunidades e desafios para produtos brasileiros na região.
“Estamos esperançosos de abrir para o Acre o mercado asiático. No caso, a Indonésia”, afirmou o empresário Murilo Leite, da Frisacre. As empresas já enviaram toda documentação exigida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para obedecer ao processo de credenciamento. No caso específico do Frigonosso, se for formalizado o credenciamento, a Indonésia será o 13° país que a empresa acreana estará autorizada a exportar carne.
A missão brasileira acontece nos dias 23 e 24 de outubro em Jakarta e nos dias 25 e 26 em Kuala Lumpur, na Malásia. A Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos organiza Fóruns Econômicos em cada uma das cidades, com o objetivo de explorar as relações comerciais e identificar possíveis bases comuns de cooperação econômica.
Em Kuala Lumpur acontece a reunião de cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Esse encontro ganhou importância para o Brasil porque é neste evento que haverá a possibilidade de haver a conversa formal entre os presidentes Lula, do Brasil, e o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Lula deve permanecer no país entre os dias 25 e 27.
A reunião ocorrida entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, realizada em Washington, na quinta-feira (17) construiu efetivamente uma ponte para que a suposta “química” entre os presidentes se transforme em ações concretas.
A possibilidade de que a sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros para entrar no mercado norte-americano seja revista tem alimentado otimismo nas principais entidades que representam o agronegócio brasileiro, sobretudo no comércio de carnes. É o que informam os grandes portais de notícia voltados à Agropecuária.
No plano local, até mesmo a Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, quase sempre reticente às medidas executadas pelo atual governo, acenou com alguma simpatia à possibilidade de que o cenário mude. “Havendo espaço pro diálogo, acredito que as coisas se acertam”, afirmou Assuero Veronez.