O fim de setembro marca uma fase de transição no campo acreano, quando algumas culturas encerram seu ciclo e outras começam a ganhar força com a chegada da primavera e das primeiras chuvas. Entre os destaques está o milho, que entra no calendário de plantio da safra das águas e se consolida como uma das principais apostas dos produtores locais.
Nos últimos anos, a cultura do milho tem apresentado crescimento expressivo no Acre. Apenas na safra 2024/2025, a produção superou 139 mil toneladas, segundo dados da Conab, representando aumento de mais de 10% em relação ao ciclo anterior. Agora, com o retorno da umidade do solo, agricultores iniciam o plantio da nova safra, que deverá garantir abastecimento para consumo humano, ração animal e comercialização no mercado regional.
Além do milho, outras culturas também entram em destaque nesta época do ano. O arroz de terras altas e o feijão comum começam a ser semeados, fortalecendo a produção da agricultura familiar. Na fruticultura, espécies amazônicas como cupuaçu, abacaxi, banana e açaí de terra firme entram em safra, ampliando a diversidade de produtos disponíveis nas feiras e mercados do estado.
Por outro lado, algumas safras estão em fase de encerramento. A colheita do milho safrinha, feita durante o período de estiagem, chega ao fim, assim como parte da produção de mandioca, cultura perene mas cujo pico de colheita se concentrou nos meses anteriores. Já a castanha-do-Brasil, tradicional no extrativismo acreano, teve sua safra encerrada no início do ano e só retorna em janeiro.
Com o início da primavera, produtores rurais veem a renovação do calendário agrícola como oportunidade para recuperar áreas, diversificar cultivos e planejar a safra 2025/2026. O milho, mais uma vez, se firma como carro-chefe desse novo ciclo no Acre.
