Maria Elissandra e o marido, Jorge de Melo, plantaram 5 mil pés de maracujá no município de Capixaba após serem incentivados pelo Governo do Acre e por cooperativas ano passado. A família se preparou para o manejo da plantação e se dedicou a ela.
Hoje, Maria e Jorge fazem parte de um grupo de 100 famílias de fruticultores que amargam prejuízos. “Em 19 dias, perdemos já seis toneladas de maracujá e isso porque o nosso maracujá está na entresafra”, calculou a agricultora. Só com esses seis mil pés com frutas perdidas renderam prejuízo contabilizado em R$ 38,4 mil ao casal.
Nas contas de Elissandra, o “auge da produção” pode trazer uma perda de 20 toneladas de maracujá.
“Na verdade, a gente começou a ter prejuízo, desde quando o preço desse maracujá começou a baixar. Ele era pago por seis reais e cinquenta centavos. Aí baixou para cinco reais para que a cooperativa não parasse de comprar já que a cooperativa não estava recebendo do governo. Depois disso, baixou novamente para quatro reais para eles poderem fazer uma promoção para o mercado comprar e diminuir o estoque para eles continuarem estocando”, pontou. “Estamos tendo prejuízos desde dezembro, quando teve a primeira baixa no preço do maracujá”.
O grupo chegou à Assembleia hoje pela manhã com cartazes e ficou no auditório para ser recebido pelos parlamentares.
Sobre esse problema dos fruticultores de Capixaba, o repórter Kennedy Santos, do site ac24horas.com, foi à região e conversou com alguns deles. Mostrou a situação desoladora de parte da produção se estragando e o produtor de base familiar contabilizado prejuízos.