Coopercafé estuda provocar Mapa sobre qualidade do café “de fora”

Associação Acreana de Supermercados também entra no debate. Presidente Ádem Araújo avalia que qualquer intervenção de sobretaxa de café de outras regiões prejudica o consumidor

Itaan Arruda

O presidente da Cooperativa de Produtores de Café do Vale do Juruá, Jonas Lima, deve provocar a superintendência do Ministério da Agricultura para tratar da qualidade do café “de fora” vendido no mercado acreano.

“Eu já fui procurado por duas empresas de Rondônia que queriam comprar resíduos da nossa produção que eles inserem no café. Eu me recuso a vender. Eles colocam esses resíduos no café e depois vendem aqui no Acre. Um produto de qualidade duvidosa”, denuncia Lima.

O presidente diz que não está certo se essa fiscalização ficaria a cargo do Mapa no Acre ou em Rondônia. “De qualquer modo, ou aqui ou lá, é preciso que alguém estabeleça uma fiscalização mínima”, sugeriu.

A Coopercafé tem sido uma voz quase solitária na defesa da indústria cafeeira acreana. A cooperativa tem exercido um papel importante de organização do segmento em todo estado, ao lado da Organização das Cooperativas Brasileiras no Acre. É o trabalho da Coopercafé que tem sido referência para criação de outras cooperativas do segmento.

ASA afirma que qualquer intervenção do Estado prejudica consumidor

O presidente da Associação Acreana de Supermercados (ASA), Ádem Araújo, defende a não intervenção do Estado na entrada de café de outras regiões do país. “Qualquer coisa que se pensar em fazer, qualquer aumento de tributação do café de fora, é prejudicar o consumidor”, avalia o empresário, sócio da maior rede de supermercados do Acre.

O empresário tem um argumento de natureza técnica na defesa da comercialização de marcas de outras regiões. “O café, por ser uma commodity, na safra, a indústria processa o produto local. Mas, na entressafra, o de outras regiões acaba sendo necessário. Creio que não exista como ter política para proteger o produtor! Ele tem mercado amplo no Brasil e no  mundo”, analisa Araújo.

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