Com o nível dos rios aumentando por causa do inverno amazônico, a paisagem entre uma margem e outra dos rios Tarauacá e Muru muda. As balsas-boiadeiro não param de transportar gado para abastecer o frigorífico BMG Foods, em Tarauacá.
Nesta segunda estão sendo esperadas mais 160 cabeças de gado vindas do Rio Muru e outras 40 vindas do Rio Tarauacá. “A maior parte do gado está no rio, principalmente, no Rio Muru”, constata o gerente da unidade da BMG Foods no Acre, Nenê Junqueira. “É onde há a maior concentração de gado na região. Esse cenário de o pecuarista abater 200 cabeças abatidas na própria cidade dele, isso nunca aconteceu naquela região. Abater em Rio Branco é uma situação. Agora, abater no próprio município é um diferencial muito grande”.
Junqueira confirma que nessa época do ano, com a chegada das águas, os pontos de transbordo adaptados para a realidade da região recebem gado diariamente, canalizando o escoamento da produção de carne para a unidade da BMG Foods em Tarauacá, que tem capacidade de abate de até 300 animais por dia.
Em operação desde julho deste ano, o gado abatido em Tarauacá está sendo levado para Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Ali, a carne é industrializada (desossada) e enviada para outros centros de distribuição do grupo.
A unidade de Tarauacá é uma das plantas industriais de frigoríficos sifados do Acre que está passando por reforma e ampliação. Já foram investidos aproximadamente R$ 10 milhões na obra.
