O mercado do café vive um momento de volatilidade em 2025. Enquanto as cotações internacionais registram quedas recentes, especialmente diante da entrada da nova safra, os preços internos seguem sustentados por estoques reduzidos e pela demanda firme. No Brasil, o arábica chegou neste ano ao maior valor real das últimas três décadas, reflexo de oferta apertada e preocupações climáticas que marcaram o período de floração nas principais regiões produtoras.
Dados da Conab apontam que, mesmo com o recuo registrado nos mercados futuros, o preço médio da saca de arábica em Minas Gerais segue acima de R$ 1,7 mil, enquanto o conilon no Espírito Santo permanece próximo de R$ 1 mil por saca. A queda observada nas bolsas de Nova Iorque e Londres — 11,3% e 12,8%, respectivamente — ainda não se reflete integralmente no mercado interno, que opera sob influência dos baixos estoques nacionais e da procura aquecida.
O cenário continua favorável aos produtores, especialmente após a atualização dos preços mínimos para a safra 2025/26, que garantiram reajustes importantes para o conilon. Para os analistas, a tendência é de que o mercado permaneça sensível a variações climáticas e à evolução da colheita, mantendo os preços em patamares elevados ao longo dos próximos meses.
