Nesta terça-feira, 28 de outubro, é celebrado o Dia Mundial do Produtor de Tabaco, data que homenageia os agricultores que dedicam suas atividades ao cultivo dessa planta, essencial para a indústria do fumo. No Brasil, estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná concentram a maior parte da produção, com tecnologia avançada e manejo especializado.
No Acre, entretanto, o cenário é diferente. O cultivo de tabaco é muito limitado e realizado em pequenas propriedades familiares, principalmente devido às condições climáticas e de solo da região amazônica. O clima quente e úmido favorece o desenvolvimento de pragas e doenças, tornando o manejo mais desafiador. Além disso, a falta de altitudes mais elevadas e solos bem drenados, ideais para a cura das folhas, limita a produtividade e a qualidade do produto.
Apesar das dificuldades, pequenos produtores acreanos seguem cultivando o tabaco de forma artesanal, muitas vezes voltado ao consumo regional ou à produção familiar. Uma das regiões onde há tabaco de melhor qualidade no Acre é no Vale do Purus, no município de Sena Madureira. A data serve para reconhecer o esforço desses agricultores, que mantêm viva a tradição do cultivo, mesmo em condições adversas.
O Dia Mundial do Produtor de Tabaco é também uma oportunidade para destacar a importância de políticas públicas e assistência técnica, que podem auxiliar o produtor a melhorar práticas de manejo, aumentar a produtividade e garantir que a cultura continue presente no estado, de forma sustentável e segura.
No Acre, o tabaco não é uma cultura predominante, mas simboliza a perseverança dos pequenos produtores que enfrentam desafios naturais e econômicos para manter a tradição viva.
