Exportações do agro somam US$ 14,29 bi em agosto: recorde com diversificação de mercados

Aumento no volume embarcado e abertura de novos destinos impulsionam vendas de soja, carne e milho; produtos como óleo de amendoim e feijão têm melhor resultado da série histórica

Luiz Eduardo Souza
Soja, café verde, carne bovina in natura, celulose e carne de frango in natura são os destaques para março na balança comercial do setor agrícola. (Foto: Ministério da Agricultura)

As exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 14,29 bilhões em agosto de 2025, uma alta de 1,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados pelo governo federal. O desempenho foi sustentado por um aumento de 5,1% no volume exportado, que compensou a queda de 3,4% nos preços médios internacionais.

Os principais destaques foram soja em grãos, carne bovina in natura e milho, que responderam pela maior parte do crescimento. A soja teve embarques de 9,3 milhões de toneladas, alta de 16,2%, com receitas de US$ 3,88 bilhões (+11%). A carne bovina atingiu 268 mil toneladas, avanço de 23,5%, gerando US$ 1,5 bilhão (+56%). Já o milho chegou a 6,8 milhões de toneladas, aumento de 12,9%, movimentando US$ 1,36 bilhão (+17%).

Além dos produtos tradicionais, itens específicos alcançaram resultados recordes, impulsionados pela diversificação de mercados. O sebo bovino registrou 64,7 mil toneladas (+17,2%) e US$ 74,1 milhões (+36,4%); as sementes de oleaginosas (excluindo soja) somaram 68,5 mil toneladas (+10%) e US$ 71,3 milhões (+16,5%); os feijões atingiram 58,4 mil toneladas (+29%), rendendo US$ 49,5 milhões (+27,5%); as rações para animais domésticos alcançaram US$ 35,9 milhões (+22,6%); e o óleo de amendoim teve crescimento expressivo, saltando de 2,9 mil toneladas para 13,3 mil toneladas (+358%), com US$ 20 milhões em receitas (+573,4%).

A China manteve-se como principal destino das exportações do agronegócio, com US$ 5,12 bilhões (+32,9%), o equivalente a 35,8% das vendas externas. Em seguida vêm a União Europeia, com US$ 1,9 bilhão, e mercados em expansão como o México (US$ 339 milhões, +91,9%) e o Egito (US$ 342 milhões, +14%). Também houve crescimento nas vendas para países asiáticos, como Índia (+37,3%) e Tailândia (+9,5%).

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os números refletem o resultado da estratégia de abertura e diversificação comercial. Somente em agosto, 22 novos mercados foram abertos, elevando o número total de destinos habilitados de 58 para 72 desde agosto de 2024, fruto de 55 missões internacionais de negociação e promoção comercial realizadas neste ano. O avanço amplia o acesso a novos consumidores e fortalece diferentes cadeias produtivas do agronegócio brasileiro.

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