Um alerta sobre as crises climáticas na Amazônia, com destaque para as vozes que conhecem de perto a realidade acreana, marcou a participação dos professores Marcos Silveira e Anelena Carvalho, da Universidade Federal do Acre (Ufac), na assinatura da Carta de Belém, realizada no último dia 26, no Pará.
O documento, construído por mais de 120 pesquisadores da região, reúne diagnósticos e propostas que refletem os desafios ambientais enfrentados em cada estado amazônico. A Carta será apresentada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), como contribuição da comunidade científica da Amazônia.
Entre os principais pontos abordados está a defesa do monitoramento contínuo das florestas, áreas úmidas e rios, com a participação de povos e comunidades tradicionais. O objetivo é reduzir riscos de mortalidade florestal, incêndios e secas severas, fenômenos que têm se tornado cada vez mais frequentes na região.
O texto também reforça a importância da restauração ecológica de áreas afetadas por queimadas, especialmente em ramais, roçados e zonas de transição entre áreas urbanas e rurais. A iniciativa busca promover ações integradas de recuperação ambiental e fortalecer a resiliência dos ecossistemas amazônicos diante das mudanças climáticas.