Maçã chega a R$ 13 o quilo no Acre e encarece a mesa dos acreanos

Distância dos centros produtores, aumento do frete e baixa oferta explicam o alto preço da fruta no estado

Luiz Eduardo Souza

O preço da maçã tem pesado no bolso do consumidor acreano. Em Rio Branco, o quilo da fruta nacional é encontrado, em média, a R$ 13, valor bem acima da média nacional. O principal motivo está na distância que separa o Acre dos grandes polos produtores do país, localizados no Sul, especialmente nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Para chegar até os mercados locais, a fruta percorre milhares de quilômetros em caminhões refrigerados, o que eleva os custos de transporte. O valor do diesel, que continua alto, e as condições precárias de algumas estradas durante o período chuvoso também contribuem para encarecer o frete. Cada aumento no custo logístico é repassado ao consumidor final.

Outro fator que pressiona o preço é a oferta limitada. O Acre não tem produção significativa de maçã, e o abastecimento depende quase totalmente de produtos trazidos de outras regiões. Quando os estoques nacionais diminuem, seja por questões climáticas nas áreas produtoras ou por redução da colheita, o impacto é imediato nos estados mais distantes, como o Acre.

Além disso, o armazenamento e o transporte exigem cuidados especiais para preservar a qualidade da fruta. Câmaras frias, embalagens adequadas e o manuseio cuidadoso geram custos adicionais. A tributação interestadual sobre mercadorias e a inflação geral dos alimentos também ajudam a explicar o preço elevado.

O resultado é uma fruta que, embora popular e presente nas mesas brasileiras, se transforma em artigo de luxo para muitas famílias acreanas. Enquanto a produção local de frutas tropicais cresce, o desafio segue sendo reduzir a dependência de produtos vindos de outras regiões e tornar a alimentação mais acessível no estado.

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