Capim-pé-de-galinha preocupa sojicultores e pode reduzir produtividade em até 12%

Segundo a Embrapa, infestação da planta daninha compromete lavouras em apenas 21 dias

Luiz Eduardo Souza

O capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) vem se consolidando como um dos principais desafios para os sojicultores brasileiros. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a planta daninha tem alto poder competitivo e pode causar perdas de até 12% na produtividade da soja em apenas 21 dias de infestação, devido à disputa por água, luz e nutrientes.

De crescimento rápido, o capim-pé-de-galinha produz milhares de sementes por planta, o que favorece sua disseminação e dificulta o controle. Além de ocupar o espaço da cultura, a espécie pode comprometer o desenvolvimento inicial da soja, tornando-se uma ameaça ainda maior em áreas de plantio direto, onde a cobertura do solo é estratégica para a conservação.

Pesquisadores alertam que o manejo inadequado da planta pode aumentar os custos de produção e reduzir a rentabilidade da safra. O problema é agravado pela resistência da espécie a alguns herbicidas, o que exige dos produtores maior atenção no planejamento do controle químico e na adoção de práticas integradas.

Entre as alternativas recomendadas, estão o uso de rotação de culturas, a integração de diferentes mecanismos de ação de herbicidas e o monitoramento constante das áreas para identificar os focos iniciais da infestação.

Com a expansão da soja em diferentes regiões do país, o capim-pé-de-galinha se tornou um inimigo silencioso das lavouras. A recomendação dos especialistas é que os produtores não negligenciem a presença da planta, uma vez que sua alta capacidade de multiplicação pode comprometer safras inteiras se não houver controle eficiente e preventivo.

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