Seca no Juruá agrava crise no transporte e dificulta abastecimento em Porto Walter

Com o nível do Rio Juruá cada vez mais baixo, moradores e comerciantes de Porto Walter enfrentam dificuldades para garantir alimentos e produtos essenciais durante a estiagem.

Luiz Eduardo Souza

A estiagem severa no Rio Juruá tem trazido sérias consequências para moradores e comerciantes de Porto Walter. Imagens recentes mostram famílias atravessando áreas rasas carregando botijas de gás amarradas a cordas, numa tentativa de garantir o abastecimento doméstico.

Com o nível do rio cada vez mais baixo, o transporte de mercadorias enfrenta obstáculos diários. Donos de balsas e barqueiros, que são responsáveis por levar alimentos, combustível e produtos de primeira necessidade até o município, relatam prejuízos e atrasos constantes. A navegação em alguns trechos tornou-se praticamente inviável.

A dificuldade é ampliada pela ausência de alternativas terrestres. O ramal que chegou a ser aberto para dar acesso ao município foi fechado por decisão judicial, restando apenas os barcos e os aviões — ambos diretamente impactados pela seca.

Para a população, a preocupação maior é com o abastecimento de itens básicos, como o gás de cozinha e alimentos, que chegam em menor quantidade e com preços mais altos. Comerciantes locais também relatam queda nas vendas e temem um agravamento da situação caso o período de estiagem se prolongue.

A seca no Rio Juruá, que se repete ano após ano, evidencia a vulnerabilidade logística de municípios isolados do Acre, onde a vida das comunidades depende quase exclusivamente das condições dos rios.

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