Granja Carijó quebra contrabando boliviano ao entrar no mercado peruano

Ministro da Agricultura do Peru anuncia autorização para entrada do produto do Acre em rede nacional. Assinatura formal para início da comercialização acontece no dia 25 de setembro em Lima

Itaan Arruda
Granja Carijó, do Acre, terá exportação autorizada para abastecer Cuzco e Puno, regiões antes atendidas por contrabando boliviano.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Irrigação do Peru (Ministerio de Desarrollo Agrario y Riego), Ángel Manero Campos, anunciou em rede nacional, na cidade de Puno, que a acreana Granja Carijó vai entrar no mercado peruano. As articulações para a conquista desse espaço comercial acontecem há 15 meses. A autorização para a importação dos ovos produzidos no Acre será formalizada no dia 25 de setembro em Lima.

A empresa brasileira vai atuar em regiões montanhosas em que não há produção local. São elas: Cuzco e Puno, atualmente abastecidas com ovos vindos da Bolívia de forma ilegal. A decisão do governo peruano tem como um dos alvos a quebra desse contrabando que ocorre com a Bolívia. “A Granja Carijó entra de forma totalmente legalizada, com autorização do governo do Peru, gerando empregos e pagando impostos”, diferencia Alejandro Salinas, da holding PerBra, empresa que faz a mediação comercial entre empresas dos dois países.

Inicialmente, a demanda das duas regiões será de três carretas semanais.

Nesses acordos comerciais, um país aceita importar um determinado produto com a contrapartida do país parceiro. “Nesse caso, por uma questão comercial, ainda não será possível informar qual produto peruano o Brasil irá importar. Mas garanto que o impacto é grande na diminuição dos custos para o consumidor, sobretudo o consumidor acreano”, afirmou Salinas.

Para que a Carijó tenha essa capilaridade no Peru um intenso e estratégico trabalho capitaneado pelo adido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Bastecimento no Peru, Warley Campos, foi necessário. Da mesma forma, outra instância da gestão fundamental para viabilizar o comércio desse produto foi a superintendência do Mapa no Acre, com a articulação técnica do superintendente Paulo Trindade.

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