Proteção de 10,8% à borracha natural tem efeito limitado no Acre

Atendendo à demanda da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e da Associação Paulista de produtores e Beneficiadores de Borracha Natural (Apabor), Governo Federal prorroga até agosto de 2027 o mercado brasileiro com alíquota de 10,8%

Itaan Arruda
Extração de látex em seringueira: atividade industrial da borracha se concentra em estados do Sudeste, com impacto periférico no Acre.

O Governo Federal manteve a proteção da indústria brasileira vinculada à extração de borracha natural até agosto de 2027. O Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior aprovou a manutenção da alíquota de 10,8% à importação de borracha natural.

“Segundo dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), o Brasil produz em média mais de 370 mil toneladas anuais de borracha natural. São Paulo responde por mais de 60% desse volume, seguido por estados como Minas Gerais, Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Espírito Santo”, informa material de divulgação do Ministério da Agricultura. “Nos últimos cinco anos, a produção nacional supriu, em média, 57% da demanda interna. No mesmo período, os principais fornecedores externos foram Indonésia, Tailândia, Costa do Marfim e Malásia”.

Com a desativação da Natex, a extração de borracha no Acre vive uma espécie de isolamento porque não há na região a realização de um ciclo produtivo. Exceção feita à extração para abastecimento de uma indústria francesa de tênis.

A medida do Governo Federal, portanto, tem efeito mais imediato e de maior dimensão em regiões do país onde a atividade industrial com uso do látex é efetivo, como São Paulo, que continua a ter a maior produção de borracha do país.

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