Na segunda noite do Festival da Farinha, em Cruzeiro do Sul, o videomaker Kennedy Santos, do ac24horas, conversou nesta quinta-feira, 28, com o produtor Zeca, figura conhecida entre os produtores da região.
Entre brincadeiras, números e histórias, ele mostrou como a tradição da farinha se renova com tecnologia e união. Com bom humor, Zeca foi apresentado como uma “autoridade” na produção.
A entrevista também trouxe à tona a dimensão do trabalho acumulado ao longo de mais de três décadas. Questionado sobre a quantidade de farinha produzida, Zeca admitiu não ter a conta exata, mas arriscou uma estimativa. “Por ano, a gente produz ali, em média, de 500 a 600 sacas de farinha. Eu sou muito bom de matemática, mas vou deixar pra você de casa fazer essa conta. Então dá 250 toneladas por ano”, explicou.
Além da tradição, ele destacou as mudanças tecnológicas que facilitaram a vida do agricultor. Zeca lembrou que o processo era muito mais demorado. “Antigamente, pra você fazer 5, 6 sacas de farinha, você duraria em torno de 14 horas. Hoje eu faço 25 sacas de farinha em 8 horas, com três pessoas, nesse forno automatizado”, ressaltou.
Ele explicou que a matéria-prima vem tanto do próprio roçado quanto de parcerias: “A gente compra, faz na meia e planta também”, justificou.
Ao falar da Cooperativa da Farinha, cooperativa fundada em 2005, Zeca ressaltou a importância da organização coletiva: “A gente já tem uma longa história e a gente tá aqui pras competições, tanto da Farinha Melhor, como da Maior Macaxeira. Já ganhamos o Melhor Derivado”, pontuou.
