O Fórum de Bioeconomia da Amazônia colocou o bambu no centro das atenções como uma das maiores oportunidades de mercado sustentável para a região. Com alto potencial de uso em diferentes setores, da construção civil ao artesanato, o produto foi debatido como alternativa capaz de gerar emprego, renda e, ao mesmo tempo, contribuir para a conservação ambiental.
Segundo especialistas, o bambu é uma das plantas de crescimento mais rápido do mundo, com aplicações que vão de móveis, papel e tecidos até biocombustíveis e cosméticos. Além disso, sua capacidade de absorver grandes quantidades de carbono reforça a importância do cultivo dentro de uma economia de baixo impacto ambiental.
A coordenadora do Fórum Empresarial de Bioeconomia da Amazônia, Mirla Miranda, destacou que o momento é estratégico para fortalecer o mercado. “O bambu não é apenas uma alternativa de renda, mas um vetor de transformação. Se bem explorado, pode colocar a Amazônia em posição de liderança dentro da bioeconomia mundial, unindo desenvolvimento econômico e preservação ambiental”, afirmou.
O diretor técnico do Sebrae, Kleber Campos, ressaltou a importância do evento para a agenda econômica e climática do Acre. “O Sebrae tem estado sempre à frente, incentivando eventos de empreendedorismo como este. Este é o terceiro Fórum de Bioeconomia que organizamos junto com o Fórum Empresarial, por meio da Câmara de Bioeconomia. É um momento relevante porque traz para a mesa de discussão os ativos florestais do nosso estado. Temos o cacau nativo, o açaí, os óleos e as madeiras. A questão é: como transformar esses ativos em valor econômico, com mais renda para nossos produtores e empresários? Além disso, com a COP30 se aproximando, a pauta climática ganha ainda mais importância nesse processo de discussão”, disse.
