UFAC valoriza plantas alimentícias não convencionais e fortalece saberes amazônicos

Iniciativa reúne estudantes e pesquisadores da UFAC para resgatar o uso de plantas alimentícias não convencionais e incentivar práticas sustentáveis na alimentação e na agricultura acreana.

Na Universidade Federal do Acre (UFAC), um grupo de pesquisadores, estudantes e extensionistas vem ganhando destaque por um trabalho que une ciência, cultura e segurança alimentar: o Grupo PANC da UFAC, dedicado ao estudo e à valorização das Plantas Alimentícias Não Convencionais, conhecidas como PANCs.

As PANCs são espécies vegetais que possuem alto valor nutricional e podem ser consumidas, mas que, por desconhecimento ou perda de tradição, não fazem mais parte da alimentação cotidiana da maioria da população. No entanto, elas são abundantes na natureza, muitas vezes brotam espontaneamente e fazem parte do saber popular de comunidades indígenas, ribeirinhas e rurais da Amazônia.

Entre as plantas mais conhecidas na região estão a taioba, vinagreira, beldroega, capeba, cariru, inhame roxo e o jambu, além de raízes como o açafrão-da-terra (curcuma). O grupo atua na identificação dessas espécies, na realização de oficinas de culinária e agroecologia, no mapeamento do uso tradicional e na disseminação de conhecimentos que promovem uma alimentação mais saudável, acessível e sustentável.

O Grupo PANC da UFAC também realiza atividades em escolas, feiras e comunidades agrícolas, contribuindo para a soberania alimentar, o resgate de práticas ancestrais e a valorização da biodiversidade acreana. Além disso, o trabalho com essas plantas se conecta diretamente com a agricultura familiar, oferecendo alternativas de renda e uso sustentável dos recursos naturais.

Mais do que um projeto acadêmico, o grupo se consolida como um elo entre a universidade e a sociedade, mostrando que a floresta oferece muito mais do que se vê no mercado — basta saber reconhecer, valorizar e transformar.

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