O Governo do Acre já solicitou da empresa estatal Infra S/A os estudos para elaboração do Plano Estadual de Logística e Transporte. É esse plano que vai respaldar as providências que o Governo do Acre deve tomar para viabilizar a passagem da ferrovia transoceânica. Essa decisão já havia sido antecipada ao leitor do ac24agro no mês passado quando foi noticiada.
“A primeira providência já foi tomada no meio de junho, quando solicitamos proposta da Infra S.A. para elaborar o nosso Plano Estadual de Logística e Transporte. A proposta já nos foi enviada e agora estamos tratando de ajustes técnicos com a equipe da empresa, para que contemple a nossa realidade”, reforça o diretor de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Estado de Planejamento, Marky Brito. “Com isso, colocamos o Acre no radar das duas empresas responsáveis pela elaboração dos estudos da ferrovia, a própria Infra S.A. e a China Railway Economic and Planning Research Institute”.
A Seplan agora entende que o próximo passo é “articular reunião com a Secretaria de Articulação Institucional (Seai) do Ministério do Planejamento e Orçamento para atualização e conhecimento dos termos do memorando assinado”, afirmou Brito. “A partir daí, verificarmos como o Acre estará incluído no desenvolvimento dos estudos e pesquisas da ferrovia”.
Rondônia, por exemplo, já fez esse plano com o mesmo propósito do Acre. A ferrovia interoceânica tem previsão de sair da Bahia, com passagem pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, até chegar ao Peru no Porto de Chancay. Ainda não há estimativas em relação ao custo da ferrovia. Esses estudos que o Acre já solicitou vão referenciar sobre os custos do empreendimento.
Essa ferrovia compõe o que o governo chinês chama de Nova Rota da Seda, expansão do capital chinês em obras de infraestrutura. A ferrovia interoceânica, por exemplo, diminui o tempo de transporte de cargas em 12 dias (de 40 para 28 dias), excluindo o Canal do Panamá da rota.