O ministro das Relações Exteriores, Carlos Parkinson, tratou da integração do Brasil com o Peru, via Acre, por meio da Rota do Quadrante Rondon. Ele minimizou a polêmica a respeito de qual saída é a mais adequada, pelo Alto Acre ou por Pucallpa. “Para o Itamaraty, o que importa é a governança. Quais instituições estão envolvidas? Quais as relações institucionais precisam ser melhor equacionadas? Quais produtos vocês vão exportar? Essas são questões fundamentais”, afirmou o ministro.
A Rota do Quadrante Rondon é estratégica para o agronegócio brasileiro. Não é a única. Existe concorrência. O que aumenta a responsabilidade do Governo do Acre em demonstrar viabilidade e vantagens comparativas.
“O governo do Acre está atento e já fez investimentos importantes e estruturantes para viabilizar essa rota”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Estado de Planejamento, Marky Brito.
Uma liderança que tem outro entendimento sobre o processo é o antropólogo Terry Aquino. Para ele, saber por onde acontece a integração importa. “Já não existe uma estrutura instalada aqui pelo Alto Acre? Por que fazer estradas ou ferrovias em áreas como o Juruá? Os governos, independente de partidos, querem o tal do ‘progresso’. Mas essa discussão precisa ser melhor debatida porque a história mostra que os impactos são praticamente irreversíveis”.