A floresta vale mais em pé: Eufran Amaral defende modelo econômico baseado no extrativismo

Diretor da Embrapa fala em Rio Branco sobre como valorizar os produtos da floresta sem derrubar árvores e com mais renda para as comunidades.

Luiz Eduardo Souza

Unir conservação ambiental e geração de renda é possível – e necessário. Foi com essa mensagem que o diretor da Embrapa Acre, Eufran Amaral, abriu o painel “Extrativismo Sustentável e os Impactos para a Economia da Amazônia”, no seminário Txai Amazônia, nesta quarta-feira (25), em Rio Branco.

Durante sua fala, Eufran destacou que o extrativismo — como a coleta de castanha, borracha, açaí, óleos e outros produtos da floresta — pode ser uma importante fonte de desenvolvimento econômico para a região amazônica, desde que feito de forma planejada, com apoio técnico, mercado garantido e políticas públicas.

“Quando a gente fala de extrativismo sustentável, a gente fala de manter a floresta em pé, respeitar quem vive nela e, ao mesmo tempo, garantir que essas pessoas tenham uma vida digna”, afirmou o pesquisador.

Ele também lembrou que muitos produtos amazônicos já têm alto valor no mercado nacional e internacional, mas ainda faltam incentivos para melhorar a cadeia produtiva — como transporte, armazenamento, beneficiamento e acesso a crédito. Para ele, investir nisso é investir no futuro da Amazônia.

O painel teve grande participação do público, incluindo representantes de comunidades extrativistas, povos indígenas, técnicos e estudantes. Muitos compartilharam experiências locais e reforçaram que o extrativismo é, para muitos, a única forma de sustento que não agride o meio ambiente.

O evento Txai Amazônia segue até o final da semana, reunindo lideranças, cientistas e gestores públicos para debater caminhos sustentáveis para a região.

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