Jarude critica operação ambiental e diz que governo trata produtores do Acre como criminosos

Deputado afirma que ação na Reserva Chico Mendes teve aparato desproporcional e acusa governo de usar o Acre como vitrine política

Luiz Eduardo Souza
Jarude ressaltou a força desproporcional usada pelos agentes de fiscalização ambiental. (Foto: Sérgio Vale)

Durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre nesta terça-feira (17), o deputado estadual Emerson Jarude fez um pronunciamento contundente contra a operação do ICMBio e do Ibama na Reserva Extrativista Chico Mendes. Ele criticou o uso de força policial na ação e afirmou que os produtores rurais do estado estão sendo tratados como criminosos.

“Nem para desmontar esquema de corrupção ou prender chefes do crime organizado tivemos Polícia Federal, Exército, Força Nacional e todas essas instituições juntas. Mas mandam esse aparato todo para cima de pequenos produtores que só querem trabalhar. Produzir no Acre virou crime”, declarou o parlamentar.

Jarude também questionou a motivação política por trás da operação, que foi amplamente divulgada pelo governo federal no Dia Mundial do Meio Ambiente. “Estão usando o Acre como vitrine. A operação é só para inglês ver, para agradar quem nunca pisou na Amazônia”, afirmou.

Em tom crítico, o deputado desafiou o governo a repetir esse tipo de ação em estados mais ricos. “Quero ver fazerem isso em Minas Gerais, em São Paulo ou no Goiás. Duvido que o governador Caiado, o Tarcísio ou o Zema aceitassem uma intervenção dessas sem diálogo”, disse.

Ele finalizou seu discurso com um apelo por respeito ao povo acreano. “Aqui começa uma revolução. A revolução de um povo honesto, trabalhador, que cansou de ser tratado como colônia. Se querem falar da Amazônia, venham morar aqui. Venham viver a realidade que a gente vive todos os dias.”

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