FIBAM reforça bioeconomia como pilar da prosperidade amazônica

Evento internacional reuniu especialistas para debater ciência, inovação e conservação com foco no desenvolvimento da região amazônica.

Luiz Eduardo Souza
Pesquisador da Embrapa defende integração regional para fortalecer bioeconomia

O pesquisador da Embrapa, Eufran Ferreira do Amaral, destacou a importância estratégica do Fórum Internacional de Bioeconomia Amazônica (FIBAM), realizado nos dias 27 e 28 de maio de 2025, em Belém (PA), como um espaço decisivo para articular ciência, inovação e conservação em prol da prosperidade na Amazônia.

“O evento foi bastante denso. Foram dois dias de debates intensos com foco central na bioeconomia, buscando caminhos concretos para promover desenvolvimento na região amazônica”, relatou Eufran.

Durante o fórum, especialistas do Brasil e do exterior discutiram temas como o papel das agências de fomento, a integração da bioeconomia com saúde e bem-estar — explorando os ativos da floresta, desde alimentos nutracêuticos até substâncias com potencial terapêutico — e as inovações em cadeias produtivas da biodiversidade, como as do cacau, da macaúba e do bambu.

Além dos aspectos econômicos e tecnológicos, o evento também abordou a dimensão social da bioeconomia. “Falamos sobre como a bioeconomia pode transformar a vida das pessoas, fortalecendo comunidades e organizações locais, e até como o design pode ajudar a agregar valor aos produtos da floresta”, afirmou o pesquisador.

Um dos pontos altos, segundo Eufran, foi a proposta de uma agenda estratégica pan-amazônica, reconhecendo a Amazônia como uma entidade que vai além das fronteiras nacionais, exigindo cooperação entre os países que compartilham o bioma.

Para o Acre, a participação no FIBAM teve significado especial. “Esse é um tema prioritário para a Embrapa. O fórum fortalece redes, amplia contatos e permite identificar ações que podem ser adaptadas ao nosso estado. Assim como o que fazemos no Acre pode inspirar outras regiões da Amazônia”, completou.

Segundo ele, a diversidade ambiental e humana da região exige estratégias diferenciadas, mas integradas, para alcançar uma prosperidade sustentável e inclusiva.

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