Operação do ICMBio resulta na prisão de quatro suspeitos e apreensão de armas

Com o apoio da Polícia Militar de Boca do Acre (AM), os envolvidos nos crimes ambientais aguardam audiência de custódia na Polícia Federal de Rio Branco

Itaan Arruda
Armas e munições foram apreendidas pelos fiscais do ICMBio. (Foto: Cedida)

Uma ação de fiscalização rotineira do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Floresta Nacional do Iquiri (AM), com o apoio da Polícia Militar de Boca do Acre (AM), resultou na prisão de quatro suspeitos de praticar caça ilegal em unidades de conservação, e na apreensão de armas, munições e carne de animais silvestres. A operação, batizada de Dryads, foi realizada no último domingo (25).

Durante o patrulhamento na região do Rio Endimari, ramal do 52 km – área entre a Terra Indígena Boca do Acre e a Floresta Nacional do Iquiri –, os agentes ambientais flagraram quatro caçadores em atividade ilegal. Com eles foram apreendidos 247 kg de carne de anta (espécie ameaçada de extinção); 6,42 kg de carne de paca; quatro armas de fogo; 80 munições; uma embarcação de oito metros; e um motor de barco de 40 hp.

A carne foi doada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS/IBAMA), enquanto os equipamentos utilizados no crime foram confiscados. Os quatro envolvidos foram autuados em R$ 123,5 mil em multas ambientais e estão presos na Polícia Federal em Rio Branco aguardando audiência de custódia. Os supeitos responderão por crimes ambientais, incluindo caça ilegal, posse irregular de armas e dano ao patrimônio natural.

Importância da Operação
A Floresta Nacional do Iquiri é uma área protegida que sofre constantemente com a caça ilegal e o desmatamento. A Operação Dryads integra a estratégia do ICMBio no combate a crimes ambientais na Amazônia. De acordo com o instituto, a caça predatória ameaça a biodiversidade local, principalmente espécies como a anta, animal fundamental para a dispersão de sementes na floresta.

A expectativa é que novas operações sejam realizadas na região para coibir atividades ilegais. A ação realizada em conjunto com a Polícia Militar de Boca do Acre destaca a importância da integração entre órgãos ambientais e forças de segurança no combate a crimes contra a fauna e flora.

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