Os 4,5 milhões de hectares de florestas com bambu (sub-bosques) no Acre credenciam a uma estimativa bilionária: US$ 1,5 bilhão. É esse potencial de comercialização que o pesquisador da Embrapa/AC e integrante da Academia Brasileira de Ciências, Eufran Amaral, vai levar para o Fórum Internacional de Bioeconomia Amazônica que acontece em Belém, dia 27 e 28 de maio.
“De fato, é uma cadeia produtiva que pode contribuir para a melhoria das pessoas que vivem na floresta Amazônia Sul Ocidental”, afirmou o pesquisador. “O bambu contribui para grandes temas globais como erradicação da pobreza, restauração de ecossistemas degradados e mitigação das mudanças climáticas”.
Esse potencial de exploração de US$ 1,5 bilhão tem como critério o uso de 14 varas por hectares e cada vara com mais de 8 centímetros de diâmetro, comercializadas a R$ 10 a unidade.

Esse é um dado. Há outros. Por exemplo: no Acre, há matéria prima para a produção de placas de bambu que poderiam gerar US$ 4,4 bilhões.
São várias as formas e usos do bambu que são negligenciados não apenas pelos governos do Acre, mas também pela iniciativa privada.
De acordo com o pesquisador, o Acre precisa avançar na implementação do Plano Estadual de Bambu. É necessário ter uma regulamentação específica para que a cadeia produtiva gere segurança para o setor privado possa investir.
O Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia está fazendo uma parceria com a Embrapa. A ideia é acumular dados e gerar um acúmulo de conhecimento ao ponto de criar uma cultura que faça com que o bambu seja percebido como algo efetivamente viável do ponto de vista econômico.
Ao longo da semana, o secretário de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanipal Barbary de Mesquita, deve conversar com o ac24agro sobre o assunto.