Com o objetivo de fortalecer a organização dos produtores e preservar a floresta, a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) e a Cooperativa Agroextrativista de Assis Brasil, Epitaciolândia e Brasiléia (Coopaeb) estão realizando uma série de reuniões comunitárias nas comunidades localizadas na Reserva Extrativista Chico Mendes, nos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia.
Os encontros, que acontecem ao longo do mês de maio, têm como finalidade alinhar estratégias para melhorar a produção, assegurar a sustentabilidade das cadeias produtivas da borracha, castanha, café, frutas e, futuramente, do cacau. A iniciativa conta com a parceria das associações locais, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da própria Cooperacre, reforçando o compromisso coletivo com o desenvolvimento sustentável e a valorização do modo de vida extrativista.
Preservar a floresta, gerar renda e fortalecer as comunidades
“Estamos na décima primeira reunião desta rodada, que tem como foco a organização da produção agroextrativista na Resex Chico Mendes, em Brasiléia e Epitaciolândia. Esse trabalho é fundamental para fortalecer nossa atuação nas cadeias produtivas e garantir que a floresta em pé continue sendo fonte de sustento, dignidade e conservação ambiental”, destaca José Rodrigues de Araújo, presidente da Cooperacre e da Coopaeb, que também é diretor do Ramo Agroextrativista da OCB e acompanha pessoalmente os encontros nas comunidades.

De acordo com Araújo, durante as reuniões são discutidos temas como logística de escoamento, planejamento da safra, melhorias nos processos de comercialização, além de estratégias para ampliar a participação dos cooperados nas decisões coletivas. As ações também reforçam a importância da conservação ambiental, uma vez que o modelo extrativista sustentável depende diretamente da manutenção da floresta em pé.
Compromisso com o futuro
Reconhecida como uma das principais unidades de conservação do Acre e símbolo da luta dos povos da floresta, a Resex Chico Mendes é prova de que o desenvolvimento econômico pode caminhar lado a lado com a preservação ambiental. As reuniões reafirmam esse compromisso, promovendo inclusão social, geração de renda e fortalecimento das comunidades tradicionais.
“Nosso compromisso é seguir organizando a produção, aprimorando a comercialização e, acima de tudo, preservando a floresta. Quando fortalecemos a organização dos extrativistas, também fortalecemos a luta pela conservação do meio ambiente e pela valorização dos nossos territórios”, reforça José Rodrigues de Araújo.
Seringais e comunidades visitados
As reuniões seguem até o dia 22 de maio, percorrendo comunidades e seringais como:
- Nossa Senhora Aparecida do Amapá,
- Seringal Apudi,
- Seringal Amapá,
- Tabatinga,
- Nova Olinda,
- Pindamonhangaba,
- São Cristóvão,
- Venezuela,
- Cajá de Cima,
- Wilson Pinheiro II,
- São Sebastião e
- Bom Fim.
O presidente da Cooperacre e Coopaeb destaca a relevância desses encontros:
“A participação dos extrativistas é essencial para fortalecer a representatividade, garantir melhores condições de trabalho, uma comercialização justa e, sobretudo, assegurar que as futuras gerações encontrem a floresta preservada, produtiva e capaz de gerar dignidade e sustento para quem dela vive”, conclui Araújo.